Muitos têm sido os comentários sobre o novo guarda-redes do Benfica, mas em Portugal não existe ninguém mais avalizado para tecer uma análise técnico-táctica completa sobre as reais capacidades de Roberto do que Ricardo, o saudoso ex-guardião da capoeira da selecção nacional.
«Acho que o Roberto tem de facto qualidades galináceas únicas mas há defeitos que precisam de ser corrigidos e melhorados e só com trabalho é que isso se consegue. Muito trabalho. A predisposição para a frangalhada é notória, aquelas saídas da baliza a medo, fora de tempo, e sempre com os olhos bem fechados são exemplo disso. O ar apalermado cada vez que faz merda também não engana, é sem dúvida um jogador com estofo mental para abrir as portas do galinheiro jogo após jogo.
Um dos aspectos que tem de melhorar é o discurso pós-jogo. Atribuir sempre a culpa a outro ou a algo: a um adversário, à bola, à luz do estádio, ao árbitro, a um anão de collants, mas nunca, em circunstância alguma, assumir o erro. Neste último jogo contra o Vitória de Guimarães já esteve melhor. No segundo golo do Guimarães, logo após ter perdido a bola, esponjou-se no chão como se um jogador adversário lhe tivesse enfiado algo pelo rabo acima que lhe estivesse a comprimir a próstata.»
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